A sociobioeconomia abrange um conjunto de atividades econômicas que utilizam os recursos naturais de forma sustentável e inovadora. No Cerrado, muitos frutos nativos desempenham um papel importante na economia social, pois, além de serem fonte de alimento, também servem como matéria-prima para medicamentos, fibras e outros produtos.
Além da deputada Rosângela Rezende, compuseram a mesa o representante da Semad, que é subsecretário de Planejamento Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, José Bento; a secretária adjunta do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da Presidência da República, Raimunda Nonato Monteiro; o representante da Secretaria Nacional de Economia Verde do Ministério de Desenvolvimento Indústria, Comércio e Serviços, João Francisco Maria; o representante da Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Carlos Eduardo Marinelli; o gerente de Mobilização para Emprego e Renda da Secretaria da Retomada, Rafael Sôffa Rézio; o subsecretário de Inovação e Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Ciência Tecnologia e Inovação, Raphael Martins. E ainda, o superintendente de Desenvolvimento Regional da Secretaria da Indústria e Comércio, Marcos Sussumo; o diretor-superintendente da Sicoob, Ulisses Capistano; e o representante do Sebrae, Luiz Augusto.
O seminário foi proposto com o objetivo de integrar os atores e parceiros envolvidos com a cadeia de sociobiodiversidade do Cerrado goiano, promover o conhecimento sobre produtos oriundos dos recursos naturais do bioma e debater oportunidades e lacunas que podem ser preenchidas.
O representante da Semad, José Bento, destacou a relevância de a Alego sediar esse evento, pois proporciona um ambiente propício para o debate e demonstra seu compromisso com o desenvolvimento social e econômico do Estado, incentivando a discussão de soluções colaborativas e sustentáveis para os desafios enfrentados pela comunidade.
A deputada Rosângela Rezende reforçou as palavras de José Bento e expressou grande expectativa para o seminário. “Estou impressionada com a quantidade de palestrantes que temos aqui hoje, com mentes brilhantes, experiências sólidas e muita representatividade”.
A legisladora também ressaltou, como presidente da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, o orgulho de estar novamente junto com a Semad desenvolvendo esse evento. “Essa secretaria tem demonstrado muito mais do que um trabalho de políticas públicas, ela trabalha desde a base até o final, propondo leis e se empenhando para garantir o desenvolvimento consciente do meio ambiente no Estado”.
Rosangela finalizou ressaltando o valor socioeconômico que o bioma Cerrado tem na vida dos goianos. “O Cerrado é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo, e temos um amor por ele muito forte, por fornecer água, alimentos, medicamentos, e produtos de beleza. É a natureza e a biodiversidade que fazem a vida acontecer em Goiás”.
A gerente de Economia Verde e Circular da pasta, Fabiana Maria Nunes, explicou que o seminário também veio para trazer uma proposta de integração entre os biomas do Cerrado e da Amazônia. “Trouxemos pesquisadores da Amazônia para integrá-los com pesquisadores locais e trabalhadores do Cerrado, incluindo as comunidades tradicionais que estão na ponta, realizando a coleta, o extrativismo e o plantio agrofamiliar. Nossa intenção é promover a integração de ideias e consensos para construir políticas públicas que visem a promover o desenvolvimento econômico de forma inclusiva, beneficiando todas as camadas da sociedade, incluindo comunidades tradicionais e indígenas”.
Uma das palestrantes do evento, Anabele Gomes, vice-presidente da Rede de Sementes do Cerrado, relatou que trouxe para a palestra informações sobre as perspectivas da cadeia produtiva de sementes nativas para a restauração ecológica. “São sementes de base comunitária, coletadas por comunidades locais. Iremos compreender a estruturação e as perspectivas para o estado de Goiás”. Ela destacou que as expectativas desse serviço para o Estado são positivas, mas é essencial cumprir a legislação vigente e, para isso, é preciso dominar suas demandas.
(Matéria publicada pela Agência Assembleia de Notícias em 03/04/2024)