O curso ocorreu no auditório 2 e os participantes puderam ter acesso a informações e ferramentas para a redução da vulnerabilidade municipal em relação às mudanças no clima.
Um dos palestrantes, o gerente de Mudanças Climáticas e Serviços Ecossistêmicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Milvo Gabriel Di Domenico, destacou os eventos que têm ocorrido devido às mudanças climáticas em todo o País. Ele disse que a abordagem hoje é para que o gestor público possa implementar alguns tipos de ações para que eles tenham, de fato, algum resultado no sentido de resiliência climática em seus municípios.
“É importante que os gestores entendam a origem dessas mudanças climáticas e diante disso compreendam qual é a técnica ou qual é a capacidade financeira, a capacidade de pessoal e, a partir disso, possam aplicar a lente climática nas ações, processos e planos dos seus próprios municípios. Então é importante que nós tenhamos aqui uma compreensão sobre o que é a mudança do clima para esses municípios e aí então trazer essas ações para que possam ser implementadas”, afirmou Domenico.
A capacitação também contou com a participação da responsável pela área de Adaptação da Gerência de Mudanças Climáticas e Serviços Ecossistêmicos da Semad, Natalia Almeida, que abordou componentes do risco climático. Entre eles, o risco que representa a probabilidade de uma ameaça/perigo e de seus impactos potenciais ocorrerem. Ela falou que os possíveis impactos são determinados pelo grau de exposição e pela vulnerabilidade do sistema em relação a tal ameaça/perigo. O conteúdo abordado incluiu ainda tópicos como fundamentos da sustentabilidade, diagnóstico das ações, implementação de iniciativas sustentáveis e avaliação de impactos sociais e ambientais.
A presidente da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Alego, deputada Rosângela Rezende (Agir), enalteceu a importância da realização de mais um módulo do curso Virada Ambiental 2024. Ela explicou que o tema desse módulo, sobre as mudanças climáticas, é assunto que causa ansiedade para a discussão e que hoje é o dia para isso.
“É fundamental falar sobre as mudanças do nosso clima que resultam em eventos extremos e que impactam principalmente as pessoas mais vulneráveis. Temos acompanhado as enchentes no Rio Grande do Sul e toda a proporção dessa situação. Por isso, é importante discutir os impactos das mudanças climáticas, mas também adotar medidas focadas na preservação do meio ambiente, tratamento dos resíduos sólidos, reciclagem e conservação do cerrado e das riquezas ambientais do nosso Estado”, frisou a legisladora.
Virada Ambiental
O Programa Virada Ambiental é um projeto de extensão da Universidade Federal de Goiás (UFG) voltado para a formação e capacitação de servidores para a aplicação na administração pública. O coordenador da Virada Ambiental e professor da Escola de Engenharia Civil e Ambiental (Eeca) da UFG, Emiliano Lôbo de Godoi, discorreu sobre o crescimento do projeto, lembrando que, hoje, a Virada Ambiental está em 17 estados, além do Distrito Federal, e em quatro outros países.
“A virada é um projeto que consiste em uma grande parceria da UFG com várias instituições, em especial com a Escola do Legislativo, com a Comissão do Meio Ambiente e a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, que possibilita essa nova vertente da virada ambiental, que não é só a semana de plantio, mas também, ao longo do ano, as capacitações. E hoje é mais um módulo. Dia de capacitação da virada ambiental que, estrategicamente, é fundamental para o sucesso, porque não existe nenhuma ação efetiva se não tiver sendo precedida de uma capacitação. Então, esses momentos que a Assembleia Legislativa, por meio da Escola do Legislativo, nos permite, é um momento que foi muito almejado e que a gente tem hoje concretizado”, concluiu Godoi.
No período da tarde, as atividades continuam, com início às 13 horas até 16h15. O curso também ocorrerá no auditório 2 da Assembleia Legislativa.
(Matéria publicada pela Agência Assembleia de Notícias em 27/05/2024)