Nesta terça-feira, 5, a deputada Rosângela Rezende (Agir), que está em Dubai participando da Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (COP-28), fez uma visita ao Dubai Waste Management Centre (DMWC), uma das maiores usinas do mundo, que transforma lixo em energia. O DMWC, liderado pela Hitachi Zosen Inova e BESIX, começou a ser construído em 2020 e vai operar plenamente a partir de 2024.
A usina processa 1,9 milhões de toneladas de resíduos anualmente, gerando 200 MW de eletricidade, o que corresponde a 2% do consumo de energia elétrica em Dubai. Esse projeto é parte crucial da Dubai Clean Energy Strategy 2050, que objetiva produzir 75% da energia consumida na cidade através de fontes limpas até 2050. Para a deputada, essa é uma alternativa interessante para estimular a descarbonização da economia em Goiás.
“Lixo também é economia. Lixo também é dinheiro. Hoje nós temos tecnologia o suficiente para transformar nosso estilo de vida nas grandes cidades, resolvendo o problema do acúmulo de lixo em aterros sanitários, as crises energéticas e também ajudando na preservação do meio ambiente com a geração de energia limpa”, defendeu ela após o término da visita à usina.
Desenvolvimento sustentável e tecnologia
O tipo de tecnologia usado na DMWC é baseado na decomposição da matéria orgânica higienizada que vem do lixo. Através da fermentação desse material, é produzido o gás metano (CH₄), que, depois de purificado, torna-se biogás, podendo ser usado como combustível para fogões, motores e como energia elétrica.
A produção de biogás se apresenta como uma forma de desenvolvimento sustentável, já que dá destino aos resíduos sólidos e contribui com a diminuição da liberação de gás metano na atmosfera, que é 20 vezes mais nocivo para a mudança climática do que o gás carbônico. As soluções de adaptação e mitigação já estão sendo estudadas pelo Governo do Estado há algum tempo e esta pode ser uma saída interessante para o meio ambiente e para a economia.
(Matéria de 05/12/2023)